segunda-feira, 8 de março de 2010

MULHERES: A IGUALDADE NA DIFERENÇA!


A opressão e as desigualdades relacionadas ao gênero não dizem respeito apenas às mulheres, mas a todos os que buscam uma sociedade mais justa e solidária, alterando as relações entre homens e mulheres.
As políticas públicas devem levar em conta as diferenças entre homens e mulheres e a necessidade de ações diferenciadas em todos os setores da sociedade. Isso não significa simplesmente propor políticas públicas voltadas para as mulheres, mas alterar as relações de desigualdade entre homens e mulheres e, portanto, transformar relações sociais com o objetivo de alcançar a igualdade. As políticas gerais, contudo, têm sido formuladas sob a ótica masculina, sem levar em consideração que mulheres e homens foram socializados de forma distinta em suas responsabilidades e tarefas, tanto na família quanto na sociedade, por isso, necessitam de ações diferenciadas.
As mulheres sempre foram colocadas em situação de desigualdade. As relações sociais, o sistema político, econômico e cultural imprimiram uma relação de subordinação das mulheres em relação aos homens. Esta desigualdade sempre foi tratada como natural, como imutável e tem sido uma das formas de manter a opressão sobre a mulher. Como se fosse inerente ao ser mulher, ser subordinada. As mulheres devem ser consideradas como sujeitos de direitos e sujeitos políticos do desenvolvimento econômico e social. Mulheres e homens são iguais em deus direitos e deveres e sobre este princípio devem se apoiar todas as ações que se propõem a superar as desigualdades de gênero.
Se a democracia é um sistema político com caráter inclusivo, podemos questionar a legitimidade de uma sociedade que exclui metade da população das possibilidades de representação e que ignora suas necessidades, deixando de elaborar medidas concretas que possibilitem a melhoria de suas condições de vida.
O movimento de mulheres construiu, ao longo dos anos, uma plataforma de reivindicaçõoes que permitiram que as mulheres fossem vistas como um setor específico na sociedade brasileira, colocando a necessidade de serem reconhecidas enquanto um segmento social. Essa organização, com visão feminista, passou a reivindicar e exigir do poder público, políticas públicas voltadas para as mulheres. Sabemos, entretanto, que isto ainda se dá de forma insatisfatória, sem uma alteração significativa na forma de exercer o poder político e sem a garantia do pleno exercício dos direitos das mulheres. Por exemplo:ao desconsiderar a importância da Educação Infantil e não promover as melhorias adequadas principalmente em número de Centros de Educação Infantil, o poder Público nega a milhares de mulheres o direito de exercer sua cidadania de trabalho ou estudo. Isso porque a tarefa de cuidar e educar ainda é vista como função exclusiva da mulher.
Precisamos de forma pontual colaborar para a construção de uma nova ordem nas relações entre homens e mulheres, baseada na igualdade como marca de uma sociedade plural e democrática. Uma nova sociedade que não se sustente na subordinação e dependência das mulheres em relação aos homens, mas em relações sociais mais justas e democráticas.
O SISPPMUG tem contribuído para isso ao exigir do Poder Público Municipal salários mais justos para setores como a saúde, educação, limpeza e serviços gerais onde os salários são mais baixos por existir a predominância de mulheres que historicamente foram educadas para cuidar e zelar. Ao melhorar salários estaremos também afirmando a importância dessas tarefas que são essenciais a nossa própria existência.
Nossa forma de homenagear as mulheres é lutando por sua valorização e direitos!
Parabéns Mulheres!

Profª Márcia Oliveira - Assessoria de comunicação SISPPMUG