A Mulher e a logística da pobreza - Por um 25 de novembro de Luta!
Escrito por: Maria das Graças Costa, presidenta da CONFETAM/CUT
28/11/2011
"1.3 bilhão de pessoas no mundo são pobres. Desses, 70% são mulheres." Num
dia como esse, 25 de novembro, DIA INTERNACIONAL DE COMBATE À VIOLÊNCIA
CONTRA AS MULHERES, podemos ser invadidos e invadidas por muitas
reflexões que nos remete a pensar na condição da mulher na Sociedade.
A simbologia desta data que não pode jamais cair na obsolescência nos
permite agora renovar nosso espírito de luta que deve manter-se
aguerrido a cada nova possibilidade de alçar a bandeira do combate a
todos os tipos de violência contra a mulher. Neste ensaio, reflitamos
sobre uma das facetas de tal violência: a feminização da pobreza.
Um verdadeiro panorama sobre a presença da mulher no mundo como vítima
de uma estrutura neoliberal vigente e sua logística da pobreza que
atinge, por escolha do sistema, principalmente a mulher.
25 DE NOVEMBRO: REFLEXÕES NECESSÁRIAS E COMBATES POSSÍVEIS
Hoje, iniciamos os 16 Dias de Ativismo! A intensificação das ações que
todos os dias praticamos na defesa da cidadania e da integridade da
mulher em todos os níveis deve ganhar a velocidade e empenho de todos e
todas tendo em vista que estamos vivenciando uma conjuntura em que a
pobreza provocada pela lógica neoliberal na sociedade e que por assim
dizer, vem recriando condições para o fortalecimento da distribuição
desigual da riqueza.
Dessa maneira, numa análise sociológica sobre a logística da pobreza,
fazem parte os desempregados e desempregadas, as mulheres de idades
avançadas, as incapazes de trabalhar e as famílias essencialmente
femininas. Essa questão ganha, nas análises contemporâneas, crescente
relevância no âmbito do conceito de feminização da pobreza precisamente
com relação ao fenômeno recente do aumento das famílias chefiadas por
mulheres, sejam esses domicílios chefiados por mulheres com ou sem
companheiros.
Outro fator super importante a ser considerado é o desenvolvimento de
políticas que promovam o trabalho decente para as mulheres e ainda
deve-se ter em conta como a globalização da economia modificou o mercado
de trabalho, absorvendo mais mão de obra feminina, mas em trabalhos
fora de um contexto trabalhista legal e fora do sistema de seguridade
social, com salários inferiores aos de seus companheiros homens e em
setores menos protegidos da economia.
Diante desta situação é necessário tomar atitudes e criar políticas
tendo em vista a questão de gênero, isto é, deve-se agir no sentido de
acabar com as estruturas de desigualdade que perpetuam a desvalorização
do trabalho feminino.
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